Exposições
Alice Geirinhas: Sexus Sequior
GALERIA MUNICIPAL ARTUR BUAL

Créditos
Alice Geirinhas
A exposição de Alice Geirinhas intitulada “Sexus Sequior” dá continuidade à sua pesquisa, e à sua posição feminista activista, sobre a condição humana e as diversas formulações históricas que secundarizam a mulher, como escreve de Arthur Schopenhauer no Ensaio acerca das mulheres, em que a mulher é colocada no lugar secundário, sem capacidade de compreensão do in abstracto. A dissecação e desconstrução dessa ideia de Sexus Sequior, o segundo sexo, compõe uma parte substancial do corpo de trabalho da artista, nas suas várias vertentes: desenho, pintura, ilustração e diferentes técnicas, como a grattage ou, a pintura. Tendo a série como processo de trabalho constante a artista desenvolve diversas composições, por vezes gráficas, mas de intensa plasticidade pictórica, em que a vinheta, atribuída à banda desenha, se cruza com trabalhos em fase de processo de ateliê, de experimentação e de interrogação do espectador, num arco temporal de mais de vinte anos de trabalho.
Sobre a Autora: Nasceu em Évora, em 1964. Licenciou-se em Escultura pela FBAUL, mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas na FBAUP e é doutorada em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes, Universidade de Coimbra. Foi professora de ilustração na Fundação Calouste Gulbenkian e na escola de arte Ar.Co. Foi programadora e coordenadora da área de formação na Bedeteca de Lisboa (2001-2005). Atualmente é professora auxiliar no curso de Design e Multimédia da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra e do Colégio das Artes. Iniciou a atividade como ilustradora para o jornal Combate (1988) e é autora de livros de banda desenhada e de livros de artista, de que se destacam A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer (2003); Livro para colorir (2006), Alice’s guest book (2010); The cabinet of Dr.Alice (Stolen Books, 2014) e Manifesto visual (Stolen Books, 2016). Da sua participação e colaboração em fanzines, destacam-se a Vaca que veio do espaço, com João Fonte Santa (1985-1988), Facada mortal (4 números), Joe índio (6 números), Tom Sida magazine (1 número), GrafPopZine (1 número) e Gasp (1992), primeiro fanzine português dedicado à banda desenhada no feminino, editado por Diniz Conefrey.
Comissário
João Silvério